Seringal Porvir
Por Marcos Fernando
Perto do barracão
havia uma Mangueira. A loja e o armazém. Atrás ficava um galpão lotado de
castanha. Debaixo do galpão era o esconderijo da borracha clandestina trazida
da Bolívia para não pagar impostos. Do lado tinha outro galpão que ficava
trancado na chave lotado de borracha. Tinha uma calçada que ligava a sede do
barracão a casa de morada. Do barracão para residência se passava em frente a
igrejinha com capacidade para umas 40 pessoas. Tinha até sino. Era um vilarejo
com cerca de 60 casa no campo. Tinha motor de luz que funcionava até 9 da
noite. Quando necessário funcionava até mais tarde. Tinha um escritório de dois
pisos. Possuía dois caminhões, um Dodge, 3 toneladas, e um forte 10 tonelada.
Abriram a estrada no meio da mata. 6 horas de viagem no machado.
Era banhado pelo igarapé mangueira. Tinha engenho de
madeira em que se fazia açúcar, rapadura,
mel e alfenim. Uma produção de
queijo diária de um kg por dia. Os meninos da vizinhança era mantido pelo leite
de gado tirado das vacas locais. O
quebra-jejum todo santo dia era pão de
milho feito com 32 espigas de milho. 6 rifles papo- amarelos, e dois novos
sistemas, e mais um espinhel no rio em que pegava Jundiá de até 72 kg. Nunca
falta peixe nem carne de caça. E carne de boi. Se matava boi duas vezes por semana. Quinta e domingo.
“
O porvir era assim: Quando o português morreu deixou 1200 burros e 1200 cabeças
de gado. Mês de agosto descia 10 balsas de 600 pelas cada uma. Soltava aí do
Porvir. 6 mil pelas de Borracha. A minha
mãe (dona Beca) chegou a possuir cordão de ouro que dava duas volta no pescoço”
(Jesus
Cavalcante, viveu a infância no seringal porvir)
Colocações do
Seringal Porvir
1. Mangueira
2. Limeira
3. São Bento
4. Palmeiras
5. Monte Santos
6. Duas irmãs
7. Bom futuro
8. Bem fica
9. Baturité
10. Furna
11. Ina
12. Porto limpo
13. Campo grande
14. Alto porvir
15. Boca do barra
Marcos Fernando
- De Bela flor a Epitaciolândia . Rio Branco –Ac, 2a Edição