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quarta-feira, 31 de março de 2010

pOndeRaÇões

Porque o filho de Abraão?

• Quando Abraão foi posto a prova Deus pediu-lhe em sacrifício que ele ofertasse seu filho Isaac.
• Porque Deus fez isso?
• O que significa um filho para um pai?
• O que Deus quis dizer com sua attitude?

Um filho é a parte mais importante de um pai. É porque Deus então solicitou o que de mais precioso Abraão tinha? Porque Deus quer exatamente o melhor de nøs. Não podemos nos economizar para Deus.
Foi esse o exemplo, carregado de simbolismo, que o grande pai nos deu ao enviar seu filho para morrer na cruz por nós. Porque Deus enviou Jesus e ñ um anjo dos seus para essa nobre missão? Porque Deus precisava demonstra que a gente precisa dá o melhor de nós em tudo q fazemos. As grandes missões exigem grandes desprendimentos. Além de pedir o melhor dos outros (qdo pedeiuIsaac, filho de Abrão) Deus liderou pelo exemplo dando o melhor de si ao enviar o próprio filho (Jesus). Na próxima vez que for cumprir uma missão lembre-se disso!


Marcos Fernando

pOndeRaÇões

Cultivadores do medo



Uma vez quando eu era repórter de rádio fui cobrir um dia de campo cuja pauta era cerca elétrica. De toda a tecnologia o que mais me impressionou foi à informação fornecida pelo técnico de que o choque aplicado na vaca prenhe tranfere o medo até para o neto dela que ao nascer também não vai querer se aproximar da cerca. Isso me fez pensar sobre o quanto o medo é cultural e como o reproduzimos em nossa sociedade. O medo de morrer. Medo de perder o emprego. Medo de perder um ente querido ou a pessoas amada. A vida é feita de perdas e ganhos e no meio disso tudo se ergue o medo. O medo angustia, congela.
Quando nos libertamos do medo criamos coragem para enfrentar o mundo.


Marcos Fernando

quinta-feira, 18 de março de 2010

cOnTos dO maRcoS FerNanDo

Acuado

Estava ele ali. De frente para morte. Só ele e ela como nunca estivera. Cara a cara. Seus dentes eram lâminas fortes, brilhantes. Àvidas por sangue. Seus olhos vomitando ódio. O silêncio era maior que o medo. Nada ao seu redor. Nem arma, nem escape. Nem árvore, Nem um pedaço de pau. Sem chances. Só ele e ela. Coração desesperado. Boca seca. A fera fungando. Babando. Marchando para cima. O hálito podre da morte beijando seu rosto. E ele espremido entre angústia e a parede do pânico. Não tinha escapula, nem para quem gritar. As unhas e os dentes era tudo que tinha. Suava frio. Suas pernas tremiam. Foi então que do nada brotou um insight. E....

quarta-feira, 3 de março de 2010

Alagações





Os rios quando saem do leito
  fertilizam as margens.
Confiança, sonhos e borboletas

Um dia desses meu filho mais novo, Luiz Fernando, de 5 anos, que gosta muito de fotografar , pegou a câmera e largou flashes para tudo q é lado. Ele gosta de ângulos inovadores e faz fotos intrigantes. Tem uma percepção do mundo questionadora o q é típico das crianças. Estava ele promovendo um festival de flashes quando uma borboleta intrometida invadiu o cenário. E o menino disabou na carreira em busca de enquadrá-la, mas o lepidóptero deslizava em um balé harmônico, suave, delicado, rodopiava dando-lhe chagões escapava da gaiola dos ângulos. Suado e revoltoso ele veio queixar-se a mim: - Pai, porque a borboleta não pousa no meu dedo?
Interrompi minha leitura e fui explicar-lhe: - Porque ela não tem confiança em vc, meu filho!
- O que é confiança? - Sapecou-me ele
- Confiança? Confiança é... - recorri aos meus neurônios para elaborar uma resposta convincente - Confiança é sentimento, meu filho!
- Mas porque que ela não confia em mim? - inquiriu-me - Eu sou do bem - completou
- Porque ela não te conhece. A gente não confia em quem não conhece.
Depois q ele se afastou fiquei refletindo e conclui q lhe faltou dizer que:
- A gente não confia em quem não conhece. E às vezes a gente tb não confia em quem conhece exatamente pelo fato de conhecer mt bem.

***

As borboletas, Chico Mendes e o Che Guevara

Nunca tive nem um contato com Chico Mendes. Em que pese minha família conhecer a dele desde criança. Moravam em seringais próximos. Eram vizinhos de colocações ( Cachorra Magra e Alto formoso). A única vez que o vi foi de longe. Por volta de 86/88. Era ano de eleição municipal. Eu passava pela Avenida Santos Dumont, em Epitaciolândia, que na época se chamava Vila. Perto da antiga boate Tropical, do Seu Pimenta, a boquinha da noite, havia um aglomerado de uns quatro gatos pingados. Era um grupo de pessoas diferentes. Discursava diferente. Era um comício. Tinha cheiro de suor e esperança. Entre rostos cansados e olhares esperançosos os candidatos davam discursos inflamados. Havia uma indignação otimista. Eram gritos esperançosos. Eu não entendia mt bem o que diziam, mas sabia q falava de algo de bom. Algo que só depois fui descobrir q se chama utopia.
O palco era um caminhão atravessado, iluminando apenas por um bico de luz onde os mosquitos rivalizavam com os oradores. Pensem num som ruim!
Foi então que um baixinho, bigodudo, de fala mansa, pegou o microfone e começou a fala mansa, com uma voz macia de quem falava com calma, seguro de si porque sabia o que dizia. Um fala envolvente cativante. Que arrepiava: “Muitos companheiros tombaram, e muitos, infelizmente, ainda tombarão. Eu mesmo tô ameaçado de morte” - e para finalizar abarcou: - “Mas como diz o poeta: Os poderosos poderão matar uma, duas... Várias borboletas!! Mas não impedirão a chegada da primavera!”
Senti um entalo no peito. Meus olhos arderam. Havia fumaça e fuligem.
O homem falava bonito até de coisas tristes
Naquela noite fui picado por um bicho chamado utopia
Tempos depois descobri q o poeta a quem ele se referira se chamava Ernesto. Ernesto “Che” Guevara

***

As Borboletas de Mário Quintana

Talvez o que eu tb tenha q falar para meu filho, e para muitas outras pessoas, é q devamos seguir a sabedoria de Mário Quintana:
“Ao invés de correr atrás das borboletas devemos plantar flores para que elas venham até nós”

***

Ainda sobre borboletas e... Tolerância!

E que:

“ É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas”
(Antoine de Saint Exupéry - in O pequeno Príncipe)


Marcos Fernando Silva - Formado em história pela Ufac e colaborador do Mandato da Senadora Marina Silva

segunda-feira, 1 de março de 2010

Da janela vejo
os prédios
Eles são sisudos
A cidade crescendo para o alto
é uma outra floresta sendo erguida
Vivemos no tempo dos homens concretos
Com vigas de ferro
e o frio das lages
Não gosto do cinza do cimento
Cinza me causa
           náusea