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terça-feira, 31 de maio de 2011


         Marcos Fernando

Paredes
Paradas
Recebem
Palavras
Paredes paralelas
Perfuradas por janelas
Paredes para por rede
Paredes pálidas
     Esquálidas
Paredes para por tinta com espátulas
Paredes cheias de máculas

( Extraído do projeto Marcos Fernando in A casa)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ponDERaçÕEs

Há um buraco imaginário no qual mergulhamos nele na hora do desespero

Marcos Fernando
Vivamos a crise
Cada um vive sua crise
Ou suas crises
A crise ñ é finitude , mas ponto de chegada e partida
A crise é processual.
A crise ñ é externa muito pelo contrário
Ela é pscológica, subjetiva, e pasmem a crise é bem vinda pelo que nos trás de conflito, de instabilidade e de reflexão sobre nós mesmo e o mundo

A crise se supera ou se sucumbe
Viva a crise !

sERingaL litRáriO

Seringueiros de nós mesmos

                        Marcos Fernando


Somos seringueiros de nos mesmo
extraímos leite de pedras
dos rins
do coração e das lágrimas
As nossas asas sãos invisíveis
Para olhos insensíveis
carregamos aqueles que amamos no coração
para o resto de nossas vidas

pOemAs dO maRCos ferNanDo

Odes aos analfas

Marcos Fernando

Aos analfabetos
Sem teto
Sem o prato predileto
São os próprios arquitetos
Das paredes dos botecos
Aos homens que andam de ônibus
É que arcam com próprio ônus
De Serem
Seres
Anônimos
Na carteira de identidade
Uma foto pela metade
Recebem salários pela metade
Moram em casas pela metade

Assinan o nome com dedo
No lugar do pai tem xis
E são do Exército dos Silva
que comanda esse país


pOemAs dO maRCos ferNanDo

Agora vc esta enformado
Ganha um certificado
Vai ser mt respeitado
Se insere no Mercado
Ganha um bom ordenado
E também ser explorado
Como se faz com o gado
Até ser enterrado
É por isso que te apludem!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

fRaGMENtos



A fuga para o nada


Por não gostar de si nem de ninguém, uma cópia do mal se refugiou nas sombras das pessoas carregadas.  Sobre elas uma nuvem de chumbo paira. Onde pisam as flores evaporam. As coisas belas do mundo sucumbem

Estava muito frio. A noite acordaram com um homem dando choque
Estava tendo convulsões.  

( Trecho extraído de Marcos Fernando in "O homem do casaco de fogo")

 

pOemAS dO MarcOs FerNanDo


As mentiras 


                    Marcos Fernando

As mentiras
São de vidro
Perdem fácil o equilíbrio
E se espatifam pelo
Chão
E os cacos
  Intactos
Causam feridas na alma

pOemAS dO MarcOs FerNanDo



  1. Queda livre
(Menção honrosa no concurso sesc/poesia 2002)

O bêbado
Anda
Na invisível
Corda bamba
Balbucia
Palavras
Lascivas
Vazias
E ele berra
O nome de uma mulher
Que talvez não seja bonita
Mas isso é irrelevante
A dor que o dilacera
Não tem a quem
Ele conte
Pois então
Se desespera
E lança-se
de sobre
a ponte

terça-feira, 17 de maio de 2011

cOnToS dO mArCOs FerNandO

O espelho da madrasta


                                                         Marcos Fernando

Tinha fama de sincero. Dizia na cara. Duela quien duela. Era franco por demais. Isso causava uma certa antipatia, pois as pessoas gostam é de ouvir o que as agrada não a verdade cruel. E a verdade não é necessariamente agradável. Não é que ele gostasse de ofender refletia apenas a realidade nua e crua . E para muitos isso se trata de uma gigantesca ofensa.
Quando falou a verdade pela primeira vez a madrasta o amou. Como a verdade naquele momento era conveniente a vossa alteza ela o encheu de mimos e paparicos. Ele ganhou até uma moldura nova e bem lustrada.
Quando falou a verdade para a madrasta pela segunda vez foi constrangedor mais tolerável. A traição de um caçador era suportável.
A terceira verdade foi o caos. A mulher transformou-se. Deixou aflorar todo seu lado perverso. Pois pra fora seus monstros mais terríveis e o arrebentou no chão.
Ele que era apenas um, refletindo a verdade, se transformou em vários e se espalhou pelo mundo. Por isso há tantas verdades espatifadas...



tRovões MentAis

Campo de possibilidades


                          Marcos Fernando


O que mais te apavora
é que mesmo ao meu lado
só conheces o meu lado 
de fora...

POemAS dO MarcOs FerNanDo


A palavra Só

                   Marcos Fernando

A palavra Só
É triste de dá dó
A palavra só é formada
Pelas letras “S” e “Ó
Acentuada
e mais...
Nada!
Porque cada
L
   E     R
      T       A
 
   Dessas só
Óh, não quer dizer nada!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

pOemas do Marcos FErnanDo

O peso das coisas
Não importa o peso que as coisas possam ter
O que interessa é sua capacidade de resistência!

                              (Marcos Fernando)

terça-feira, 10 de maio de 2011

ReFlexÕeS do MaRcos FeRnando


Amigos virtuais e relações abstratas

                                                           Marcos Fernando

Lá pela segunda série aprendi que existiam substantivos concretos e abstratos . Que os concretos são palpáveis como coisas  animais e objetos. Já os  abstratos  são aqueles que não tem materialidade (sentimentos)

Fui criado numa época em que os amigos eram de carne e osso. Muito mais osso do que carne. Erámos crianças raquíticas perebentas e sapecas. Muito do que sou devo a minha infância libertária. Foi nas brincadeiras de rua que aprendi minhas primeiras lições de convivência comunitária, e e as lições de catecismo de onde eu fugia para subir nos pés de manga do campo do Adolfo foram a gênese meu eco socialismo humanista cristão.

Mas esse texto é sobre amizades , ou a falta delas. O u , o que é pior, a falta que elas fazem. Vivi na rua, brinquei nas ruas. A rua foi minha grande escola. hoje as ruas se tornaram perigosas e as pessoas vivem  trancafiadas em sim mesmas reféns dentro de suas casas , protegidas do nosso mal interior por grades, alarmes e homens que apitam na madrugada.
A tv, que rivalizava com a família , perdeu a guerra paro pc conectado a internet. Estamos conectados a quê mesmo?

Os amigos com quem a gente jogava peteca e soltava pipas foram susbstituido pelo de hj que mandam scraps. Blz. As relações são mais rápidas, mas extemporâneas e ficam na superficialidade. O contacto on-line nos privam do revelador tete-a tete, e nos permite a fuga da verdade. Mas ao mesmo tempo que cria formas e possibilidades de aproximação entre realidadades tão distantes.
A informática é um advento importante na socialização do conhecimentos e um  relevante facilitador dos processos comunicacionais , mais daí substiuir as relações pessoais há um enorme distância.
Nada substitui um aperto de mão , um abraço  ou o olhar solidário de um amigo que mesmo emm silêncio simplismente nos diz muito qdo apenas ñ pronuncia uma palavra.

Marcos Fernando – Rio Branco- AC, Setembro 2009
  

segunda-feira, 9 de maio de 2011

sErinGal LiteRArio


 Tempo das derrubadas(sgal)

     Marcos Fernando

Derrubavam
Árvores
E usavam revólveres para derrubar Líderes 
Era um tempo de ruinas
& chacinas
De corjas assassinas
Agindo em surdina
Era um tempo de resistências
& intransigências
Era o tempo dos empates
Aos disparates 

relâmPagOS


As coisas q a gente guarda
                      
                            (Marcos Fernando)

Conservam muito de nós

poNderAçõES


A grande herença

Marcos Fernando
Uma vez minha vó, uma mulher  que não sabia ler nem escrever uma palavra , aos 70  e poucos anos diante do meu entusiasmo para ir morar no mato lançou um balde de água fria em minhas pretensões:
-  Não, meu filho. Vc não pode ir . Vc tem de estudar .
Eu, menino  contrariado, questionei:
- Estudar pra quê, vó?!
E ela do auge de sua sabedoria:
- Meu filho, a  coisa mais preciosa do mundo que vc pode dar pra alguém é o estudo. Seu conhecimento ninguém nunca vai roubar , nem tomar de vc.
E eu que já estava na quarta série descobri naquele dia que o ignorante era eu.

terça-feira, 3 de maio de 2011

relâmPagOS



Frigo-bar 

                        Marcos Fernando

Vou congelar os problemas dentro do meu cérebro

domingo, 1 de maio de 2011

PoNderAçõES

“ A gente lê com o nariz também”
                                    (Marisa Fontana)
Hanrã. É mesmo. Os cheiros nos trazem lembranças. Provocam sentimentos e reações. Quando as coisas  tendem a dar errado alguém sapeca: Isso não está me cheirando bem. Fora a clássica: “Há Algo de podre no reino da Dinamarca”. Reinos e podridões parecem  caminhar junto... Mas o cheiro de decomposição anuncia um novo tempo. O surgimento de uma nova vida. Quando a gente quer saber se uma comida ou um produto é bom leva ao nariz. As coisa em transformação costuma exalar cheiros.
As boas coisas da vida também cheiram. O cheiro da mãe acalma e tranquiliza o bebe. O casal se cheira quando se ama. A flor libera o cheiro para atrair os insetos polenizadores e dá sequencia a vida. Carinho de mãe é lido no cheirinho de banana frita com açúcar e canela no fim.
O tacacá da banquinha na praça espalha um sedutor cheiro que me enche a boca dágua. Hum!!
Vivemos na sociedade do cheiro. a industria de perfumes lucras milhões. 
                                                                      
Marcos Fernando

PoNderAçõES

“ A gente lê com o nariz também”
                                    (Marisa Fontana)
Hanrã. É mesmo. Os cheiros nos trazem lembranças. Provocam sentimentos e reações. Quando as coisas  tendem a dar errado alguém sapeca: Isso não está me cheirando bem. Fora a clássica: “Há Algo de podre no reino da Dinamarca”. Reinos e podridões parecem  caminhar junto... Mas o cheiro de decomposição anuncia um novo tempo. O surgimento de uma nova vida. Quando a gente quer saber se uma comida ou um produto é bom leva ao nariz. As coisa em transformação costuma exalar cheiros.
As boas coisas da vida também cheiram. O cheiro da mãe acalma e tranquiliza o bebe. O casal se cheira quando se ama. A flor libera o cheiro para atrair os insetos polenizadores e dá sequencia a vida. Carinho de mãe é lido no cheirinho de banana frita com açúcar e canela no fim.
O tacacá da banquinha na praça espalha um sedutor cheiro que me enche a boca dágua. Hum!!
Vivemos na sociedade do cheiro. A indústria de perfumes lucra milhões. 
                                                                      
Marcos Fernando

RElâmPagOS



Tsunami
Marcos Fernando

Desde o dia
em que você passou na minha vida
Ficou tudo espatifado!