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sexta-feira, 29 de abril de 2011

POemAS dO MarcOs FerNanDo


Regalo para uno amor desesperado

Marcos Fernando

Te regalo una cancion
Que molesta mi corazon
y queda una ilusion

quinta-feira, 28 de abril de 2011

POeMAS iLustRaDos


Os apertos da vida

Os apertos da vida são para romper nossa casca grossa e revelar a nossa essência
                                                                                              (Marcos Fernando)


PoNderAçõES



Conversas inspiradoras
Marcos Fernando

Alguns pessoas são provedoras de inspiração. Conheço algumas delas. São pessoas que nos acendem a criatividade. Despertam o nosso imaginário. Quando abrem a boca nossos ouvidos se esticam. Nossos tímpanos farejam: oba, vem aí uma boa conversa!

Gosto de uma boa conversa. Simples. Autêntica. Despretensiosa. Conversas que dialogam com os diversos saberes. Conversas que  acrescentam. Conversas que semeiam ideias e nos fazem refletir profundamente mesmo depois que termina o papo. Conversas que apaixonam. Sensibilizam. Geram lágrimas e o silêncio da aprovação. A cumplicidade dos olhos encantados alimenta uma boa conversa. A pessoa vai falando e vamos acompanhando com os olhos. Desenrolando os novelos do imaginário
Conheço pessoas que quando falam exalam propriedade, profundidade e conteúdo.
Uma boa conversa é um banquete dos Deuses para nossa alma sedenta. Melodia para nossos ouvidos. Uma boa conversa sacia. Arrebata.

terça-feira, 26 de abril de 2011

CrôNicAS dO MarcOs FerNanDo


A lenda do fura “Ó”

Marcos Fernando

Dr Evaldo foi uma juiz de direito muito famoso na antiga Brasiléia da década de 70. Tinha  fama de carrasco. Confirmando Maquiavel não era amado mas era temido e respeitado. Segundo o folclore local certa vez ele pôs fim a uma “festinha” particular promovida pelos Homens do dinheiro q dançavam nu em prostíbulo na companhia de algumas moçoilas.

Além da fama de severo Dr. Evaldo era conhecido por uma corcunda e por impor aos de menores uma pena terrível: Furar “Ó” de jornal com uma agulha recolhidos ao fórum local capturados pelos comissários de menor da época: A dupla Bibiano & Burichico.

Um dos desafetos do juiz era o pequeno Sebastião. De família humilde. Criado pelo pai. Morava na ladeira da Vila e boicotava o serviço dos estivadores no porto da catraia faturando uns trocados por carregar malas. Os estivadores o denunciava. A pena era furar “Ó”
Quando o juiz vinha nas ruas os cães corriam, porque devido a corcunda, os braços compridos do magistrado quase tocando chão davam a impressão de que iam pegar “rebolos” e apavoravam os cachorros. Como vingança o jovem Sebastião imitava o meritíssimo e assim teve q ler muitos jornais bolivianos e furar centenas de “Ós”.
O castigo despertou no menino pobre o hábito pela leitura e o levou a fluência em espanhol. Sebastião  se mudou para a capital do Acre onde virou Tião Maia: Um dos mais respeitados e talentosos jornalistas da imprensa Acre!
                           (Trecho do livro “De Seringal Bela-Flor a Epitaciolândia”, em vias de ser publicado)

pHilosoSOM

"QUANDO SE SABE OUVIR NAO PRECISAM  MUITAS PALAVRAS"
                                                             (Ira na  canção Dias de lutas)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

fILOsofILmES

"GRANDES CARGOS GERAM GRANDES RESPONSABILIDADES"
                                                                                 (O homem-aranha I)

cOntos do mArcOs FeRnandO


O homem das receitas
Marcos Fernando


Era um homem humilde. Simples trabalhador. Rude. De Boa índole. Nascera e se criara no mato. Nunca tinha ido a rua. Não conhecia o brilho da cidade. Se casou com um velha e grande amiga de infância com quem se criara junto. Vivia ali isolado no meio do mundo até o dia em que a esposa decidiu aprender ler e abriu  olhos para o mundo. A mulher devorava tudo. Uma traça dos escritos. Passava horas lendo. Lia até a s velhas  e encardidas revistas pregadas nas paredes.
Ele achava bonito ter uma mulher sabida, estudada, conhecedora do mundo das letras. Toda vez que vinha pra casa passava na casa de um vizinho que pore le enviava fartas cartas  para a leitora. Eram receitas. Muitas receitas
Um dia, enquanto a mulher lavava roupa no igarapé, passou um conhecido que pediu para beber água. Curioso o marido pediu para o cidadão  ler uma daquelas receitas já quemulher  não cozinhava lá essas coisas
O homem leu. Era cartas de amor. Cartas apaixonadas. Carícias verbais. A mulher vinha do igarpé  com a bacia de roupas na cabeça cantando. O homem olhou para a espingarda perndura na beira do barraco . Olhou para mulher. Olhou para a arma...Olhou para a mulher  e tomou a decisão que mudaria  sua vida para sempre...
Decidiu aprender a ler para nunca mais ser enganado.

domingo, 24 de abril de 2011

pOemAS dO MarcOs FerNanDo


Teta das palavras

Marcos Fernando

Eu  uso as palavras
Faço com elas o que quero
Eu as levo para acama
Delas retiro prazeres
Depois que as engravido
Largo elas pelo mundo

mEMóRias dE mIm meSmO


Fogueiras & friagens
Marcos Fernando

Quando eu era criança em junho o vento assobiava muito forte e gelado em nossos ouvidos e se abrigava em nossos ossos. Nossos edredons eram cobertas peruanas de 4 onças. As fogueiras eram nossas lareiras. Para elas iam os entulhos dos fundos dos quintais . Em torno do fogo se concentrava a criançada como num ritual viking. A meninava pobre, inclusive eu, sem dinheiro para comprar abrigos enfiava as mãos por dentro das camisas e parecia uma tribo de pequeninos sem braços. A alegria era o nosso idioma. O criptar da lenha acendia nossa imaginação.

terça-feira, 19 de abril de 2011

pOemAS dO MarcOs FerNanDo

E eu da árvore

Subi na árvore
Para colher azeitona e...
Vi um homem
Fazendo um buraco no fundo do quintal
Cavava rápido
Suava em bica
Nervoso estava
Apavorado
Era um homem tenso
De semblante franzido
Fora denunciado como subversivo
Vieram os homens usando fardas
Caras sisudas
Portando armas
escavacaram tudo
E desenterram a prova do crime...
Tacaram fogo
Era muitos Livros!!
Neruda e Maiakovski
foram queimados vivos!

                                    ( Marcos Fernando in Uma canção para Maiakovski)

RelâmPagOS



Poluição literária

Queimar livros
É uma forma de socializar a fumaça da burrice

PoNderAçõES

Olhos nas mãos


Nós enxergamos com as mãos. As mãos nos guiam na escuridão.Por isso que o amor é cego: Porque existem as mãos para tatear...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

obServaÇões

O medo

Estraçalha todos os outros brinquedos

obServaÇões


A bondade é cíclica
                                                                 A bondade se recicla!

obServaÇões


A maldade 
se 
Re
PET

Sou rio
transbordo
inundo
sou calmo e fecundo
fertilizo as margens
q me oprimem!

POemAS dO MarcOs FerNanDo


Na terra da coragem

                   Marcos Fernando

Os homens e as mulheres
Os cachorros e os meninos
Enfrentam seus próprios medos

A vida enfrenta a morte
Por mais que sangrem as veias
Por mais que a dor seja forte


As esperanças embalam os sonhos
As utopias movem o mundo
E os idealistas vão para o enfrentamento

Os loucosseguem em frente
E vão sempre adiante
Seguidos pelo crianças
Que são bem mais tolerantes



POemAS dO MarcOs FerNanDo



Na terra da coragem

                   Marcos Fernando

Os homens e as mulheres
Os cachorros e os meninos
Enfrentam seus próprios medos

A vida enfrenta a morte
Por mais que sangrem as veias
Por mais que a dor seja forte


As esperanças embalam os sonhos
As utopias movem o mundo
E os idealista vão para o enfrentamento

Os loucosseguem em frente
E vão sempre adiante
Seguidos pelo crianças
Que são bem mais tolerantes



cOntos do mArcOs FeRnandO


O homem atrasado

                                    Por Marcos Fernando

Nasceu depois dos nove meses. Chorou depois de dois dias. Seus dentes nasceram depois de adulto. Ria das piadas depois de um tempão. Nunca chegou na hora. Sua marca registrada era o atraso. No dia em que a menstruação da namorada atrasou ficou feliz. Enoivou com atraso. No  Casamento atrasou mais que a noiva. Casado tirou o atraso. Chegava atrasado para o almoço. Atrasva e perdia o ônibus. Perdeu empregos por atrasos. Pagava as contas com  frequente atrasos. Atrasava o aluguei. Nas peladas dos fins de semana chegava nas bolos sempre atrasado. Para viver na hora  atrasou o relógio. Seus atrasos constante atrasavam as pessoas. Era considerado o maior atraso de vida até que um dia..  Morreu. Depois de meia hora depois de seu interro


sexta-feira, 8 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

pOemAS dO MarcOs FerNanDo


Não podemos

Marcos Fernando

Não podemos
        Perder
A capacidade
De surpreender

Não podemos
        perder
a capacidade
de nos surpreender

Não podemos
           perder
a capacidade
de apreender

Não podemos
    nos  perder
de vista
independente de onde
       estejamos

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os anjos atolados na lama
                         Marcos Fernando

Os povos anteriores não tiveram o privilégio de ser alados. Essa era a razão de uma de suas maiores frustrações. Por terem nascidos sem asas inventaram máquinas pesadas que os permitissem voar. No entanto, alguns dos povos anteriores aprenderam a voar bem alto sem tirar os pés do chão... E atingiram as nuvens.
Devido essa obcessão pelo vôo os povos anteriores inventaram a gaiola, uma forma de prisão nem sempre visível.  Desse modo liberou-se a caçada a todo bicho voador. Os preferidos eram os anjos, pois além de puros eram belos e inteligentes. È não se admite tantas qualidades em um único ser

Foi assim que os anjos foram lançados aos chiqueiros, e anjos com as asas enlameadas não conseguem voar.


( Fragmento do projeto O homem do casaco de fogo)




Pelados
                          Marcos Fernando

Todos nós
Estamos sós
Estamos nus
Ou somos sombra
Ou somos luz

segunda-feira, 4 de abril de 2011




“A menina que tinha os zóis mais grandes do que a barriga”

Era um menina que parecia um saco sem fundo. Comia tudo que encontrava pela frete. Comia pedras, vidros, sorvete, bolo de chocolate. Até galinha assada.
De tanto comer as coisas... As pessoas passaram a esconder as coisas dela. Depois, com medo, as pessoas passaram a se esconder dela.
Desesperada de fome ela passou a comer pessoas. O pior de tudo, só comia homens, de preferência os casados, o que deixava as outras mulheres apavoradas.  Engoliu o padeiro. O homem do leite. O  carpinteiro. O jardineiro, o gari, o entregador de pizza.... O bancário, o empresário, o mendigo. Comeu o guarda de trânsito, o vendedor de banana. o professor de química, os colegas de sala, o diretor da escola.Todos os amigos. E ... Os inimigos!!
Deram parte, ela comeu o delegado. Os “poliça”. Foi a julgamento: comeu o juiz... e o Júri. E  saiu por aí comendo. Apavorados chamaram as forças armadas, os coronéis e os capitães com seu batalhões, medalhães e arsenais . E ela devorou todo mundo. Pra variar decidiu comer outros animais: baratas, aranhas, pererecas e partiu para os maiores: ratos, gatos, cães , cavalos, elefantes. Uma sucuri.
Desesperada de fome , sem ter mais o que comer. ela olhou para o céu e viu o sol ardente fritando com se fosse uma pizza gigante, Deu um salto e nhec...
E desde então se espalhou pelo mundo a escuridão e as noites gelaaaadas !
Vou terminando esse texto por aqui porque ela já vem vindo ali e creio  que ela vai me...

Marco Fernando