Os ventos dos seringais
Esturram no meu telhado
anunciando
que o tempo dos temporais
Se aproxima
escumando feito cachorro doido!
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sábado, 14 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
sErinGal LitEráRIO
O êxido do seringal
Marcos Fernando
Ele vevia sartifeito
Numa casa de para peito
Nos fundos do siringal
La tinha munta fartura
“Agua Boa” criatura
Era a colocação
Uma barraca humilde
Ao redor duma restinga
Cercada de paxiúba
Arrudiada de seringa
Até que um dia sua véia
Abirobô das idéia
De pra cidade mudá
E ficô pono pissica
Até quele tiririca
Si zangô e vei pra cá
Vendêro tudo que tinha
Uma casa de farinha
E um mio pra dibuiá
uma rede puidinha
um pinico e um borná
Quanu chegaru na rua
Era tanta nuvidade
Que inté dona cumade
Cumeçô a si uriná
Cum numeru que tinha
Compraro uma taperinha
Era tão apretadinha
Que aparecia uma linha
Num baju de invasão
O dinhero foi mirrando
O sufoco apertando
As a fiinha mas nova
Tavum ficano formosa
Cairu no mundo então
Ur menino mais taludo
Sem um pingo de istudo
Cumeçaro a fazer feio
Foru pegá no aleio
A puliça deu uns tiro
Lá si foi o Adelviro
O caçula Aderval mora há anos na penal
E a véia magoada se matou envenenada la detrás da privada
Com todo esse vexame
Acabô teno um derrame
Num sabia que na cidade
Tinha um magote de dificulidade
Marcos Fernando
Ele vevia sartifeito
Numa casa de para peito
Nos fundos do siringal
La tinha munta fartura
“Agua Boa” criatura
Era a colocação
Uma barraca humilde
Ao redor duma restinga
Cercada de paxiúba
Arrudiada de seringa
Até que um dia sua véia
Abirobô das idéia
De pra cidade mudá
E ficô pono pissica
Até quele tiririca
Si zangô e vei pra cá
Vendêro tudo que tinha
Uma casa de farinha
E um mio pra dibuiá
uma rede puidinha
um pinico e um borná
Quanu chegaru na rua
Era tanta nuvidade
Que inté dona cumade
Cumeçô a si uriná
Cum numeru que tinha
Compraro uma taperinha
Era tão apretadinha
Que aparecia uma linha
Num baju de invasão
O dinhero foi mirrando
O sufoco apertando
As a fiinha mas nova
Tavum ficano formosa
Cairu no mundo então
Ur menino mais taludo
Sem um pingo de istudo
Cumeçaro a fazer feio
Foru pegá no aleio
A puliça deu uns tiro
Lá si foi o Adelviro
O caçula Aderval mora há anos na penal
E a véia magoada se matou envenenada la detrás da privada
Com todo esse vexame
Acabô teno um derrame
Num sabia que na cidade
Tinha um magote de dificulidade
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