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domingo, 18 de dezembro de 2011

pOemas do Marcos FerNANdo

Pai & filho
                         Marcos Fernando

Eu e meu pai
Vamos jogar futebol
E depois de cansados
Vamos pegar anzol
Botar isca
E pescar o sol
E quando a noite chegar
E a lua for se escondendo
Vamos pegar a viola
Pra ouvir as cordas gemendo!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

pOnderações do mArcos fERnandO



Na cuia grande 

                   Marcos Fernando



No seringal existe um pleno sentimento de fartura. Ter em abundância é  sinônimo de bem viver. Talvez seja um resíduo primitivista originário da índole indígena fundado no nomadismo coletor. E os povos se mudavam, feito índios,  de colocação em colocação, em busca de melhoria. Terras fartas. Onde tivesse bastante caça, látex  e boa água. Até o banho tinha que ser de cuia, de preferência na maior possível. As histórias, os gestos, enfim tudo do universo seringueiro é expresso no grau superlativo absoluto. O exagero faz parte do nosso léxico.

contOs do Marcos FErnanDo

O homem que trancava portas

Marcos Fernando

Era compulsivo. Tinha uma verdadeira obsessão por trancar tudo que via pela frente.  Refém dos seus medos com ele não ficava nada aberto. De tanto trancar tudo um dia, quando percebeu.... Estava trancado do lado de fora de si mesmo e o pânico se aproximava....

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

hiStórias NãO iNvEnTaDaS

Sobre “pilotagens”

                              (Marcos Fernando)


Durante uma visita ao pastor Lázaro  nos pusemos a dialogar sobre governança divina. Manifestei minha mais ampla crença que tudo ocorre de acordo com o plano  de Deus. Enfatizei que Deus é um bom piloto que conduz de forma tão plena que muitas vezes nem se consegue notar sua presença divina de tão sutil que ele é. E o pastor então me contou a seguinte história:  

Certa vez o pastor embarcou em um vôo do Rio de Janeiro (RJ) para Urberlândia (MG). Ao embarcar notou logo um simpático casal de crianças entre 5/6 anos entregues a tripulação confortavelmente acomodados nas poltronas ao seu lado. O tempo estava fechado e no trajeto houveram várias turbulências .
Durante a forte trepidação da viagem os pequenos desenhavam tranquilamente  não se importando nem  quando os lápis caíam. Não se incomodaram nem mesmo quando s mascaras caíram. O pastor suava frio e  impressionado e, curioso, quis saber das crianças a causa de tanta tranquilidade:
- É porque eu confio no comandante – disse uma das crianças -  É meu pai que pilota esse avião!



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Poemas do Marcos

Me espanto
no pântano
dos teu olhos
naufrago
no teus afagos
me afogo
no fogo
das tuas palavras