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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

pOnderAcOEs de maRcos FerNANdo


O que vc exala...

               ( Marcos Fernando)


Um dia uma liderança política deslumbrada me procurou para contar, com uma certa vaidade, que vinha sendo assediada por adversários com frequentes investidas para cooptá-la.Contei-lhe que a seguinte história:

Certa  vez uma modelo famosa, top das tops de elites do mundo Fashion da moda,  foi contratada para um exótico ensaio fotográfico na Africa. Para tanto foi montado uma mega estrutura no deserto com as mais modernas instalações de conforto para abrigar a celebridade e a equipe
Foi montada um suíte presidencial numa tenda de lona com toda as regalias em pleno deserto. Ao chegar no local a moça ficou envaidecida com tonta a suntuosidade. Na noite de véspera do primeiro dia de trabalho, ao se abrigar para dormir, a distinta foi surpreendia pelo seu ciclo menstrual e os felinos passaram a noite  urrando, arranhando a cela e tentando devora-la atraídos pelo forte cheiro de sangue. Na manhã seguinte ela apavorada rescindiu o contrato e embarcou, de volta para seu pais de origem, no primeiro avião.

Na política também é assim: Quando sentem cheiro de sangue as feras se aproximam...  



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sEringAl LiteRAriO


 O seringueiro arrependido

              (Marcos Fernando)

Eu vevia sartifeito
Numa casa de para-peito
Nos fundos do siringal
La tinha munta fartura
“Agua Boa” criatura
Era minha colocação
Uma barraca humilde
No centu dum restinga
Cercada de paxiúba
arrudiada de siringa

Até que um dia minha veia
Abirobô das idéia
De pra cidade mudá
E fico pono pissica
inté  eu fica tiririca
que pa invitá futrica
Me zanguei e vim pra cá

Vendimo tudo que tinha
Uma casa de farinha
Um miaral penduado
Um pai degua dum capado
E um paiolzim lotado
De arroz bom de pilá

Quanu cheguemu na cidade
Era tanta nuvidade
Que a minha cumade
Cumeçô a se uriná
Cum numeraru que eu tinha
Comprei logo uma casinha
Pra mode nos se abrigá
Era um quartim apertado
Nos tudo amuntuado
A tempo de cuzinhá
Num baju de invasão
Rua nu tinha não
Barro incarnado no chão
Longe, longe feito o cão!
O dinhero foi mirrando
O sufoco apertando
Fui logo me aperriando
As minha fia mas nova
forum ficanu formasa...
Cairu no mundo então!
Ur meus meninu taludo
Sem um pingo de istudo
Cumessaro a fazer feio:
Foru pegá no aleio.
A pulica deu uns tiro: lá perdi meu  Biro-Biro!
O caçula Genoval veve há anos na penal
Minha veia magoada se matou envenenada
Com todo esse vexame
acabei teno um derrame
Eu num sabia que na cidade
Tinha tanta dificulidade

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

pArachoque de cAmInhAnTEs


A inveja é o combustível do santanás

A Histora derne o principu
                                                 ( Marcos Fernando)

aNtES de tUdo
Ha
vIa
O nada
pArAuquAl
tUdO
   vOltaRá

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Gaioleiro


Marcos Fernando

Era um vez um homem que nao gostava de voar
Ae ele pegava as pessoas e corta-lhes as asas

Com o tempo
Os sentimentos
Tomam de conta
Dos nossos olhos
A procura do que é

                     Marcos Fernando

Somos o que juntamos
O que guardamos
O que somamos
O que multiplicamos
Aquilo do que nos alimentamos 
Somos o que pedimos
O que repartimos
O que dividimos
Somos
O que temos
E o que perdemos...
Somos processos
Incompletos
Moinho

A vida vai transformando a gente
naquilo que somos
Origens


Eu venho de longe
de mim

poemaral

Voyerismo

Pelo buraco da fechadura
as pessoas se miram
nas outras
Gaioleiro
                      Marcos Ferndando

Era um vez um homem que nao gostava de voar
Ae ele pegava as pessoas e corta-lhes as asas!