Amigos virtuais e relações abstratas
Marcos Fernando
Lá pela segunda série aprendi que existiam substantivos concretos e abstratos . Que os concretos são palpáveis como coisas animais e objetos. Já os abstratos são aqueles que não tem materialidade (sentimentos)
Fui criado numa época em que os amigos eram de carne e osso. Muito mais osso do que carne. Erámos crianças raquíticas perebentas e sapecas. Muito do que sou devo a minha infância libertária. Foi nas brincadeiras de rua que aprendi minhas primeiras lições de convivência comunitária, e e as lições de catecismo de onde eu fugia para subir nos pés de manga do campo do Adolfo foram a gênese meu eco socialismo humanista cristão.
Mas esse texto é sobre amizades , ou a falta delas. O u , o que é pior, a falta que elas fazem. Vivi na rua, brinquei nas ruas. A rua foi minha grande escola. hoje as ruas se tornaram perigosas e as pessoas vivem trancafiadas em sim mesmas reféns dentro de suas casas , protegidas do nosso mal interior por grades, alarmes e homens que apitam na madrugada.
A tv, que rivalizava com a família , perdeu a guerra paro pc conectado a internet. Estamos conectados a quê mesmo?
Os amigos com quem a gente jogava peteca e soltava pipas foram susbstituido pelo de hj que mandam scraps. Blz. As relações são mais rápidas, mas extemporâneas e ficam na superficialidade. O contacto on-line nos privam do revelador tete-a tete, e nos permite a fuga da verdade. Mas ao mesmo tempo que cria formas e possibilidades de aproximação entre realidadades tão distantes.
A informática é um advento importante na socialização do conhecimentos e um relevante facilitador dos processos comunicacionais , mais daí substiuir as relações pessoais há um enorme distância.
Nada substitui um aperto de mão , um abraço ou o olhar solidário de um amigo que mesmo emm silêncio simplismente nos diz muito qdo apenas ñ pronuncia uma palavra.
Marcos Fernando – Rio Branco- AC, Setembro 2009